O horizonte me pede para ir ainda mais longe



Há alguns meses resolvi trilhar um novo rumo na minha vida profissional. Depois de tanto ouvir e escrever histórias de sucesso, decidi que queria ser protagonista da minha própria narrativa.
Diversas portas, janelas e, também, alçapões se abriram. A dificuldade tem sido identificar em qual jornada vale a pena empregar esforço.
Assim como todo brasileiro pobre, fui criado para ser empregado. Uma vida de sucesso se resumiria a ter um bom emprego em uma boa empresa, com um bom salário e um bom plano de saúde. Tudo bom, tudo na média.
Não é fácil abrir mão de uma estabilidade mediana e partir para o incerto, o novo e inseguro. Ter que diminuir gastos, sair do mindset de salário mensal, criar um pé de meia e estar preparado para qualquer coisa que possa lhe tirar o chão, a qualquer momento. Logo eu, que era tão avesso a mudanças.
Os primeiros dias foram desesperadores. Eu passava o dia em frente ao computador, mesmo que não tivesse nada para fazer. Foi muito difícil desvincular o horário comercial da minha vida e, quando vi, estava trabalhando das 9h às 23h.
Ter o celular por perto é uma desculpa para olhar um e-mail e resolver um problema no meio da noite. O sono tornou-se muito mais inquieto nas primeiras semanas.
Isso não era nada saudável e eu sabia.

A hora de fazer nada

Com o tempo, tenho aprendido a me cobrar menos, nem tudo é para ontem, mas tudo precisa ser feito com foco e da melhor maneira possível - isso é o que vai me fazer crescer. Tem sido um exercício muito grande de autocontrole obrigar meu corpo a descansar, separar um momento para não fazer absolutamente nada e, acima de tudo, negociar prazos.
Tenho conseguido cumprir metas: aprendo algo novo toda semana e mantenho os projetos em dia. No entanto, minhas séries de TV e livros estão todos atrasados. Este blog não via um texto desde janeiro. Isso parece uma besteira, mas trabalho com criação, preciso do ócio para limpar a mente de vícios e preciso praticar a criatividade. A vida não é só responder e-mails, afinal.

Solidão

Trabalhar em casa é um grande mergulho na solidão. Minhas distrações cotidianas passaram a ser o carro do ovo, do peixe, da pizza, do gás e a chegada do carteiro. Sobre isso, já me programei para conhecer espaços em que eu possa trabalhar pela cidade. Será uma nova aventura. Preciso ver gente, respirar outros ares e, acima de tudo, me inspirar.

Todo blogayrinho

Uma das minhas empreitadas atuais é aprender falar para as câmeras. Algo que eu nunca tive muito jeito, mas que tenho aprendido a fazer. O tema escolhido para o meu canal no YouTube foi Animações Disney, um nicho que atrai muitas crianças, mas um número absurdo de adultos que cresceram encantados com o jeito Disney de contar histórias.
A experiência tem sido satisfatória, mas confesso que ainda é difícil equalizar tempo para pensar em pautas, pesquisar, assistir filmes para captar detalhes, montar roteiros, pensar em cenário, gravar, editar e publicar dois vídeos por semana. Aliás, se ainda não é inscrito, incentive esse jovem amigo comunicador clicando aqui.

O horizonte me pede para ir ainda mais longe

Tenho muitos planos para o futuro e nenhum deles é desistir. Sei que posso quebrar a cara, sei que vou errar em determinadas escolhas, e pagarei preços altos por isso, que vou deixar de ver algumas pessoas e que talvez tudo volte a ser o que era. Se isso acontecer terei certeza de pelo menos uma coisa: eu não serei o mesmo que eu era antes disso tudo.
Vou me obrigar a voltar a escrever por aqui. Sinto falta de compartilhar minha visão sobre o mundo e agora só ando falando de Disney. Espero contar com sua leitura. Continuarei a escrever.

Comentários

  1. Belo texto atualidade de milhões de.pessoas que vc esta fazendo perguntas de muita coragem parabéns.
    Leandro Massaro

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