Sex and the city e minha escolha pelo jornalismo



Miranda Hobbes, Charlotte York, Carrie Bradshaw e Samantha Jones marcaram uma geração

Nunca fui a Nova Iorque, mas conheço o Central Park e Manhattan tão bem, que parece que já estive lá diversas vezes. Cosmopolitan se tornou meu drink favorito. Escolher uma roupa para sair deixou de ser uma atividade trivial. Quem nunca quis sair para uma noitada com as meninas de Sex and the City, conhecer aqueles boys ou ir às compras com o cartão de uma delas?
No último dia 6 de junho, o seriado atingiu a maioridade legal, com 18 anos da estreia, nos Estados Unidos. Com esse marco, refleti o quão importante a história de Carrie Bradshaw foi na minha vida, em uma era pré-torrent e pré-Netflix. 
Eu só comecei a acompanhar a série quando passou a ser transmitida pelo Multishow, em 2002, cerca de quatro anos após a estreia. A protagonista e produtora do seriado, Sarah Jessica Parker, não imagina, mas sua Carrie me ajudou a tomar decisões fundamentais na minha vida, como a própria carreira de jornalista.

A história

O sitcom era baseado no romance homônimo da jornalista britânica Candace Bushnell e contava a história das amigas Carrie Bradshaw, Samantha Jones, Charlotte York e Miranda Hobbes. Depois de muitas desilusões amorosas, as quatro solteiras, na casa dos 30, decidem levar seus relacionamentos como os homens: sair casualmente, transar sem compromisso e não ligar no dia seguinte. Samantha é a mais bem-sucedida no intento, ao contrário da romântica Charlotte, que passa boa parte das seis temporadas em busca do príncipe encantado.
De uma forma geral, a série é reconhecida por ser girl power e fashionista. Foi audaciosa ao abordar assuntos polêmicos até hoje, como a liberdade sexual da mulher e o casamento igualitário. Para mim, no entanto, o grande atrativo era a profissão de Carrie: jornalista e escritora.

Contadora de histórias

Carrie era a narradora da série: eternizava as histórias das amigas e de conhecidos em textos com toques literários


Candace Bushnell personificou a si mesma como a protagonista: escrevia uma coluna semanal, que contava histórias reais sobre relacionamentos, inspirando e entretendo leitores de todo o mundo. Eu fiquei encantado com o dom de eternizar a vida por meio de palavras, que poderiam ser revividas por gerações.


Samantha Jones e uma de suas lendárias citações


A fase em que comecei a assistir o seriado era a que exigia uma decisão sobre meu futuro profissional: “que raios eu faria da vida?” Posso dizer que o meu despertar para me tornar encantador de palavras ocorreu com Carrie, mas, claro, depois foi desenvolvido com jornalistas e escritores da vida real e que não falavam apenas de relacionamentos, mas da vida, como um todo.
Apesar dessa admiração pela personagem escritora, confesso que em todos os testes de internet que já fiz na vida (me julguem), eu sou Samantha Jones. A personagem mais emblemática, segura, sexual, engraçada e inspiradora da série merece um canto muito especial no coração dos fãs, né non? Se nunca fez um teste desses (o que eu duvido), tire a prova.

Até hoje não me conformo com o desfecho da série. Eu era #teamAidan e não gostei nada de ver a Carrie terminar nos braços de Mr. Big. Por sorte, os dois filmes que vieram na sequência me ajudaram a simpatizar mais com o personagem. Mesmo ele tendo sido um escroto no primeiro longa. Isso ainda é spoiler?

Para matar a saudade, a inesquecível abertura:






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