Como uma criança birrenta, o sol teimava e dormia tarde todos os dias em
Orlando. Nunca escurecia antes das oito e meia da noite, e isso fazia cada dia
ser maior, e melhor.
Minha recepção no país mais rico do mundo não foi nada calorosa. O
aeroporto de Miami muito se assemelhava a uma extensão das mais sofridas filas
de serviço público brasileiro. A imigração é uma humilhação para quem acaba de
desembarcar de um voo noturno, de quase oito horas, na classe econômica.
Claro que eu quase me perdi no aeroporto, é típico de quem sai do Brasil pela primeira vez (fiquei sabendo disso depois, na hora me achei um idiota). Claro que começou a chover e o voo para Orlando atrasou uma hora, e quando decolou subiu trotando tanto quanto um ônibus em São Paulo. Era quase possível ouvir alguém gritando: "ei, motorista, acha que tá carregando carga?". Só que não...
Ao chegar ao aeroporto de Orlando é que eu vi que a coisa realmente tinha ficado séria: um trem, muito superior ao nosso metrô, é responsável por ligar as duas alas do complexo. No desembarque, a primeira figura avistada foi o Mickey Mouse, e seria a mais vista nos próximos dias também.
Claro que eu quase me perdi no aeroporto, é típico de quem sai do Brasil pela primeira vez (fiquei sabendo disso depois, na hora me achei um idiota). Claro que começou a chover e o voo para Orlando atrasou uma hora, e quando decolou subiu trotando tanto quanto um ônibus em São Paulo. Era quase possível ouvir alguém gritando: "ei, motorista, acha que tá carregando carga?". Só que não...
Ao chegar ao aeroporto de Orlando é que eu vi que a coisa realmente tinha ficado séria: um trem, muito superior ao nosso metrô, é responsável por ligar as duas alas do complexo. No desembarque, a primeira figura avistada foi o Mickey Mouse, e seria a mais vista nos próximos dias também.
No carro para o aeroporto meus olhos se prendiam em cada placa, cada anúncio...
Cara, eu estava, de fato, nos EUA!
Experiência
Ônibus com horários marcados, e cumpridos, pessoas com conversas artificiais, réplicas dos personagens Disney espalhados por todos os lugares e muito, mas muito incentivo ao consumo é o resumo do que se encontra em Orlando.
Desde sempre quis conhecer o reino encantado, mas não imaginava que seria
dessa forma, e agora. Ainda bem! Se fosse planejado, talvez não tivesse sido
tão mágico.
No primeiro dia do evento, não consegui esconder minha expressão de
espanto e admiração com o tamanho das coisas, com a organização... Dei na cara
que era minha primeira vez. Isso ficou ainda mais nítido quando precisei ligar
o tablet na tomada e percebi que a entrada nem sequer se parecia com a
brasileira. O hotel tinha adaptador até para entradas chinesas, menos para as
brasileiras... Saí correndo, então, para o supermarket mais próximo com dez dólares
no bolso, a vergonha estampada no rosto e o sapato social apertando o pé. Na
rua quase deserta (quase ninguém caminha pelas ruas da cidade, acho que todo
mundo vai aos parques todos os dias...) os poucos transeuntes param e nos dão
"good morning". Eu, com toda minha postura e falta de educação
paulistana, demorei a perceber para retribuir.
Demorei torno de dez minutos para identificar a entrada certa no supermercado. A vendedora ofereceu dois plugs para dar conta de um... Me senti um ET e achei que ela chamaria a NASA. Acabei aceitando a proposta, mas o valor das duas juntas era 15 dólares. Pedi desculpas e disse que só tinha 10 dólares. Sem pestanejar, ou chamar o gerente pra conseguir um desconto, ela disse que poderia fazer por dez dólares. Minha primeira pechincha internacional!
Demorei torno de dez minutos para identificar a entrada certa no supermercado. A vendedora ofereceu dois plugs para dar conta de um... Me senti um ET e achei que ela chamaria a NASA. Acabei aceitando a proposta, mas o valor das duas juntas era 15 dólares. Pedi desculpas e disse que só tinha 10 dólares. Sem pestanejar, ou chamar o gerente pra conseguir um desconto, ela disse que poderia fazer por dez dólares. Minha primeira pechincha internacional!
Fun
Viajei a trabalho e participei de um evento inspirador, muito bom e
cheio de assuntos interessantes e ideias de pautas interessantíssimas.
Continuem a ler a Consumidor Moderno rs.
No entanto, após os dias que foram dedicados ao evento, conheci o que
faz de Orlando uma cidade tão desejada. Reservei um dia para conhecer os
parques da Universal Studios. Não tinha termo melhor depois de cada atração do
que: “Animal”! Era tudo que eu sabia falar. Parques como Harry Potter, Jurassic
Park e Marvel são lugares que todas as pessoas deveriam conhecer para entender
até onde a inteligência humana é capaz de chegar.
Além de
viajar sozinho, ainda abusei ao me hospedar em um albergue pela primeira vez na
vida. Quando cheguei no local já era quase meia noite, eram dois prédios e um
office no meio, com uma música de beira de estrada e uma bandeira coreana
hasteada. E claro, um Mickey desenhado na parede.
Foi só a primeira
impressão, depois tudo transcorreu bem...
No outro dia, finalmente fiquei cara a cara com o castelo que abre todos
os desenhos que assisti durante minha vida. O castelo que realizou os sonhos da
Cinderela e é símbolo mor do consumismo humano e da realização de sonhos. Walt
Disney World, baby!
O parque, em si, não tem montanhas russas malucas como as que eu vi no
Island of Adventure, da Universal, mas a magia toma conta do ambiente durante
todo o tempo. A trilha sonora do parque é composta pelas trilhas dos clássicos
e me pegava cantando quase o tempo todo.
Consegui me divertir em algumas atrações, mas o ponto alto do dia, sem
dúvida, foram as fotos que fiz com Mickey, Minnie e as princesas. Só tinham
crianças nas filas, mas isso não me intimidou (tá bom, mentira, fiquei morrendo
de vergonha). Acho que jamais vou esquecer a desenvoltura com a qual a princesa
Aurora lidou com o fato de um adulto querer fotografar com ela: “Qual o nome do
meu príncipe?”, seguida da Bela: “Oh, meu príncipe é brasileiro!”.
O momento mais mágico, sem dúvida, é o encerramento do parque, com a
queima de fogos no castelo, parada Disney e a saída da Sininho (ou Tinker Bell,
para a nova geração), em holograma. Chorei horrores...
Os parques da Disney (conheci o Magic Kingdom e o Epcot) são embalados
pelo encanto e magia que permeia todo o universo de suas histórias. A revolta
inicial ao ver cinco lojas para cada atração foi minimizada no decorrer do dia,
é irresistível! Tanto é que a primeira coisa que fiz ao chegar ao Brasil foi
cotar passagens para garantir meu retorno em breve. Preciso sonhar com tudo
aquilo sempre!
Estou há dias para ler esse seu post. Maravilhosa sua narrativa. Até fiquei com vontade de ir aos parques. Vaaaaaaaaaaaaamos?
ResponderExcluirbj grande
Cris Bottini