Faço parte de um seleto grupo de pessoas estranhas que não assistiu clássicos do cinema e não gosta de chocolate. Geralmente sofremos muito preconceito e somos olhados com desprezo pela maioria. Prova dessa minha alienação é que me emocionei pela primeira vez com Ghost há pouco tempo. O Guarda Costas pra mim ainda é novidade.
Eis que ontem, por indicação da minha amiga Cibele, assisti Pequeno Milagre, filme que marca presença em todos os especiais de fim de ano das emissoras de televisão e eu nunca tinha visto. Tirei algumas lições...
Nada é tâo estranho que nunca tenha acontecido com alguém. Não podemos nos dar o privilégio de achar que somos os mais prejudicados do mundo sem olhar para o lado. O seu suspiro nunca é mais profundo do que aquele que está em uma situação pior.Pode acreditar, existem lágrimas mais ácidas do que as suas. Você ainda as têm, pelo menos.
Milhões de casais começam e terminam relacionamentos todos os dias. Novos empregos começam todos os dias, e novos desempregados também aparecem sempre. Todos os dias alguém é assaltado e o vilão sai impune. Todos os dias alguém nasce e morre.
A única certeza que temos de ter é que a partir do momento que abrimos os olhos para o mundo, estamos sujeitos a uma aventura única. Cada um receberá a missão que lhe cabe e a qual será capaz de suportar, o restante é balela. Nada é tão ruim ao ponto de não te deixar algum aprendizado.
Acredito que a estranheza individual de cada um, os fracassos e perdas, fazem parte de sua missão de mudar o mundo, nem que seja o mundo próximo ao seu. Mudar o ponto de vista de famílias que carreguem pensamentos moralistas por gerações, por exemplo. Tirar um grupo da obscuridade e levá-lo ao estrelato, ou simplesmente falir um patrimônio conquistado por dezenas de anos.
Nada é por acaso, tudo foi planejado. O roteirista tem alguns bilhões de anos de experiência e sabe qual papel dará a cada um. Sabe que o ator designado tem capacidade para exercer aquela função, basta apenas descobrir qual é.
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