Verônica pelos olhos da Pantera

Confira uma entrevista exclusiva com a nova Pantera Negra da Mocidade Alegre, Verônica da Costa.
“Estou lendo ‘Harry Potter’ agora, você acredita? ‘O Caçador de Pipas’ foi muito bom também. ‘A Mulher que escreveu a Bíblia’ foi maravilhoso. Jorge Amado eu adoro também”. Dessa forma descontraída, Verônica da Costa respondeu apenas qual seu livro favorito. A nova Pantera da Mocidade esbanja simpatia, até mesmo para quem acaba de conhecer.
A bela carioca de 31 anos, escondidos em suas desenhadas curvas, mantidas rigorosamente nos quase sete anos em que frequenta academia, distribui sua beleza entre 1,65 cm de altura e 62 kg,
Verônica nunca havia participado de concursos. Ficou sabendo da oportundiade através da internet, já que sempre se manteve antenada nas novidades da Mocidade. Quando viu o anúncio, animou-se a participar, mas sua condição de casada lhe impôs a primeira barreira. Como dizer ao marido que queria se tornar a Pantera Negra da Mocidade, e que a primeira fase consistia em um desfile de biquíni?
Antes mesmo de falar com Ricardo, o marido, Verônica pediu ajuda de seu amigo Vinícius, que se animou com a ideia. “Então, a bicha ficou louca, descontrolada, fora do normal dela e me disse ‘Vamos fazer porque este concurso é seu’”, diz Verônica. Aí veio a parte mais temida: enfrentar o marido. Para surpresa da própria Verônica, Ricardo foi receptivo com a ideia e apoiou a futura pantera em sua decisão.
Verônica é carioca da gema, e seu forte sotaque não nega, mas mora há anos em São Paulo, terra natal de seu marido. Já visitou outras gremiações paulistanas, mas afirma que “o coração não fez aquele tumtumtum. Eu acho que eu fui umas três vezes lá e o negócio não aconteceu. Daí uma amiga, que está na Mocidade até hoje, me disse para ir até a Mocidade, pois eu iria gostar.”.
Verônica se preparou para o concurso, por ser o primeiro de toda a sua vida, com muitos ensaios e etapas cumpridas. A cada etapa, recebia um telefonema informando quantas meninas ainda estavam no concurso e que havia sido aprovada. A maior tensão ocorreu na última etapa: a dança afro. Verônica ouviu as instruções e já começou a pensar em sua inexperiência com a dança. Contatou todas as pessoas possíveis para que conseguisse, em uma semana, adquirir o formato e as ideias desejadas. Verônica conseguiu!
A data do anúncio da nova pantera coincidia com a data de aniversário de Verônica. A carioca-paulistana que diz nunca ter tido sorte para concursos e, nem mesmo, para o jogo do bicho. Começa a repensar a segunda hipótese. “Não tenho sorte mesmo, aliás não tinha. Agora eu vou jogar no bicho, quem sabe?”, finaliza.

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